PARA QUANDO PASSAR O CARNAVAL


Dizem que estou louco e fora de mim
Fui proibido de ir a Lapa.
Silenciaram meu tamborim!
Pois fui gritando pela Vila que teu nome era uma Escola e nela eu era o mestre,o surdo e o arlequim.
Fui cambaleando 
Ateando fogo nas calçadas,
matando o tempo a pauladas pra ver se essa dor tinha fim.
Que ilusão mais amarga esse enredo deixou em mim.
Atirei pela janela aquela farra!
A mulata, a mestiça e até loira que me olhava
Pendurei a camisa,o terno branco e o cordão de prata.
Preparei a letra,afinei o bumbo, troquei a caixa!
Me fiz de cego pra passista e fechei a boca pra cachaça.
Quando armei a roda toda,
transformei em casa o meu barraco,
Você diz que não é isso
Finge não saber a letra,
Atrasando o compasso.
Diz que me trocou por outra escola
Mudou a cor da tua camisa...
Foi ser rainha em bateria

Depois do desfile,
Me encontre
Na Consolação ou Botafogo
Tanto faz...
Vou fazer um verso novo
Desses que te invade o peito
Pra lembrar que me ama
E que no meu batuque esta sua paz.

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